Ciclo de Psicologia: Cuidar da Saúde Mental na Escola
A pandemia trouxe muitas mudanças à escola. E nem todas foram más.
Aqui ficam duas boas mudanças: 1) Agora é mais fácil fazer formação online e por isso chegar a mais pessoas. 2) Nunca se falou tanto, e de forma tão séria, sobre saúde mental.
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Pelo terceiro ano consecutivo mantenho uma parceria com o CFAE de Matosinhos que leva este Ciclo de Psicologia aos docentes daquele concelho. Este ano integrámos temas mais especificamente de saúde mental.
Este é o programa e as inscrições são feitas diretamente através do CFAE de Matosinhos. Mais informações.
No site www.isabellage.com e na página do Instagram isabellage.psi pode receber mais informações sobre estes temas e outros relacionados com a escola e a psicologia.
Terminamos hoje com mais um texto escrito pela Joana Fonseca.
O “super poder” da previsibilidade
Joana Fonseca (Psicóloga)
Quanto menos sabemos sobre o que vai acontecer, mais inquietos podemos ficar.
Para as crianças em contexto de sala de aula esta inquietação pode trazer ruído ao seu funcionamento.
Impaciência, burburinhos, conversas para o lado e desatenção, estes são alguns dos desafios na gestão da sala de aula.
A previsibilidade não é uma solução mágica que resolverá todas estas situações. Tal seria impossível!
No entanto, pode ser uma forte aliada à construção de um maior sentimento de controlo e segurança nos/as estudantes, criando uma maior disponibilidade para a aprendizagem.
Manter a atenção numa tarefa quando não sabemos quanto tempo ela vai durar ou quantos dos nossos recursos (internos e externos) ela vai requerer é muito exigente.
Assim, para gestão de expectativas de todos/as na sala de aula, pode ser muito importante logo no início esclarecer a turma qual o plano para esse dia. A negociação desse plano é um elemento fulcral para um maior comprometimento com a tarefa.
Vamos simplificar?
Comunicar o planeamento:
No início da aula, comunicar de forma clara os objetivos propostos, qual a ordem e a duração das tarefas, negociando com a turma estes aspetos.
Chaves para a negociação:
Dar o máximo de escolha possível, sem comprometer os objetivos.
Alguns exemplos de escolhas simples: permitir aos/às estudantes escolherem entre duas tarefas ou escolherem a ordem das tarefas. Podem também ser dadas opções quanto à forma de execução da tarefa (i.e. em grupo, em pares, ou individualmente).
A negociação e uma maior perceção de escolha potencia o desenvolvimento da autonomia e do sentido de pertença, fazendo os/as estudantes sentirem-se mais envolvidos na aula e no seu processo de aprendizagem.